No início do século 20, a Alemanha foi tomada pelo terror diante dos crimes brutais de Peter Kürten, o “Vampiro de Düsseldorf”. Com uma crueldade perturbadora, ele não apenas matava, mas também torturava e bebia o sangue de algumas de suas vítimas, deixando a cidade em pânico. Mas, o que levou Kürten a se tornar um dos assassinos mais cruéis da história?
Infância e primeiros crimes
Peter Kürten nasceu em uma família muito pobre na Alemanha, onde sua infância foi marcada por abusos e violência. Seu pai, um alcoólatra abusivo, frequentemente agredia a família e obrigava os filhos a presenciarem atos inapropriados.
Desde cedo, Kürten desenvolveu comportamentos perturbadores e, ainda menino, já dava sinais de tendências violentas. Ele chegou a afirmar, mais tarde, que aos nove anos teria cometido seu primeiro assassinato, afogando dois colegas de escola.
Na adolescência, ele fugiu de casa, mas a violência e o crime o acompanharam. Kürten passou grande parte de sua juventude e vida adulta em prisões, respondendo por roubos, incêndios criminosos e agressões sexuais.
Sua permanência atrás das grades, no entanto, só pareceu intensificar suas fantasias de violência e controle. Ao ser libertado em 1913, suas tendências sombrias tomaram um novo rumo.
A escalada de crimes
Após sair da prisão, Kürten começou a cometer crimes mais violentos, incluindo o assassinato brutal de uma menina de 10 anos, seu primeiro grande ataque. Após uma breve passagem pelo exército, ele desertou e voltou à prisão. Mais tarde, casou-se e tentou aparentar uma vida normal, mas logo retornou ao crime, acumulando acusações de agressão e violência.
Em 1929, seus ataques se intensificaram, marcando o início de seu reinado de terror e consolidando sua reputação como o “Vampiro de Düsseldorf”. Ele atacava suas vítimas — a maioria crianças — com facas, tesouras e martelos, e em alguns casos, bebia o sangue delas.
Kürten parecia tirar prazer do terror que causava e até retornava às cenas dos crimes, misturando-se aos moradores locais para ouvir o impacto de suas ações. Em uma de suas cartas para a polícia, chegou a incluir um mapa indicando o local onde havia deixado uma de suas vítimas.
Ele finalmente foi preso em 1930, depois que uma de suas vítimas sobreviveu e conseguiu identificá-lo. Durante seu julgamento, Kürten confessou seus crimes e deu detalhes horripilantes sobre os assassinatos, o que chocou a população e os especialistas na época. Ele foi condenado à morte e executado por guilhotina em 2 de julho de 1931.
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Suas últimas palavras chocaram todos os presentes. Antes de deitar a cabeça na guilhotina, ele teria perguntado friamente: “Diga-me, depois que minha cabeça for cortada, ainda vou ser capaz de ouvir, pelo menos por um momento, o som do meu próprio sangue jorrando do meu pescoço? Esse seria um prazer para acabar com todos os prazeres.”