Alguém poderia dizer, não sem alguma razão, que todo mundo hoje finge alguma coisa. Tudo está ficando mais complexo, e a internet colabora ainda mais para essa difusão de personas falsas (e perfeitas) nas redes sociais.
Mas algumas pessoas são verdadeiras profissionais no fingimento. Falamos aqui de impostores que usam truques para tirar vantagens dos outros, sem a menor culpa. E, na história, tivemos alguns golpistas, vigaristas e charlatões que se tornaram bem conhecidos.
1. Barão de Münchhausen
Um dos “vigaristas” mais lendários da história é o Barão de Münchhausen, um sujeito que nasceu na Alemanha em 1720 e passou o resto do século 18 consolidando mitos em torno do seu nome.
Na verdade, o Barão era um grande contador de histórias – ele simplesmente gostava da atenção que recebia quando fazia isso. Então começou a espalhar histórias malucas que teriam acontecido com ele na guerra, mas nenhuma delas era verdadeira. No entanto, os moradores locais acreditaram nas suas façanhas.
Muitas pessoas foram grandes fabuladoras, mas o diferencial do Barão de Münchhausen é que suas histórias passaram a ser registradas por autores e tradutores alemães. Com o tempo, ele se tornou praticamente virando um personagem de ficção e até emprestou seu nome a um distúrbio de saúde: chama-se de Síndrome de Münchhausen o transtorno mental que se caracteriza pela simulação de sintomas físicos ou psicológicos.
2. Natwarlal
O indiano Natwarlal é um dos mais conhecidos vigaristas de todos os tempos. Nascido em 1913, ele recebeu o nome de Mithilesh Kumar Srivastava. Mas os primeiros anos de sua vida são obscuros, por conta das mentiras que ele contava.
O que se sabe sobre Natwarlal é que foi preso pelo menos dez vezes depois de enganar pessoas para obter dinheiro. Aparentemente, ele passou para trás até um guarda enquanto estava preso em 1957, fazendo-o entregar a ele seu uniforme para que pudesse sair livremente da cadeia. Quando foi coletar o suborno, o guarda descobriu que o dinheiro recebido era falso.
Mas a história mais conhecida sobre Natwarlal é que ele supostamente vendeu o Taj Mahal — e três vezes! Ele se disfarçou de funcionário do governo e enganou compradores ricos, embolsando o seu dinheiro.
3. Mary Carleton
Mary Carleton nasceu em Canterbury, na Inglaterra, por volta de 1635. Ao se tornar adulta, ela começou a praticar golpes. Passando-se por uma princesa alemã, ela enganava homens mais velhos para roubá-los. Sua primeira fraude documentada ocorreu em 1660, quando Carleton foi acusada de bigamia por se casar novamente com um homem rico enquanto seu primeiro marido ainda estava vivo.
Anos mais tarde, ela voltou a Londres dizendo novamente que era uma princesa alemã, e convenceu a elite londrina de que tudo era verdade. Seu disfarce fez com que ela se casasse com um escrivão e nobre chamado John Carleton. Quando o marido descobriu a farsa, ela o acusou de também ter fingido ser um lorde. O que não era verdade, mas mesmo assim funcionou.
Mary Carleton não parou de praticar golpes, e acabou morta na forca com apenas 30 anos, após ser considerada culpada de várias outras fraudes de alto nível.
4. Gregor MacGregor
O escocês Gregor MacGregor pode ser considerado um golpista bem descarado. Nascido no fim do século 18, ele se tornou um soldado e viajou pelo mundo. Quando retornou para a Europa, começou a enganar as pessoas para tirar dinheiro delas.
Ele fazia isso de um jeito muito cara de pau: dizia para os seus compatriotas que havia descoberto em suas viagens uma rica nação insular chamada Poyais. Ele se declarava como o príncipe desse local, e que tinha acesso a todos os tipos de riqueza vindos de lá.
Mais do que isso: MacGregor chegou a criar mapas, dinheiro e bandeira falsos de Poyais! E por incrível que pareça, alguns londrinos compraram alguns pedaços de terra do país que nunca existiu.