As micro e pequenas empresas (MPEs) mineiras foram responsáveis por 48,2% (7.638) dos novos postos de trabalho no mês de setembro. O número resulta da diferença entre 137.873 admissões e 130.235 desligamentos registrados no período. O levantamento foi realizado pelo Sebrae Minas, a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Minas Gerais é o quarto estado com maior geração de empregos no país (15.840, contando micro, pequenas, médias e grandes empresas), atrás de São Paulo (57.067), Rio de Janeiro (19.740) e Pernambuco (17.851). Entre janeiro e setembro de 2024, das 204.187 novas vagas criadas no estado, 135.249 estão nos pequenos negócios, totalizando 66,2% do total.
O setor de Serviços teve maior saldo de empregos criados pelas MPEs em setembro, contabilizando 6.440 novos postos. Comércio (3.989) e Indústria (2.502) também se destacaram. Já o setor Agropecuário apresentou saldo negativo de -6.108.
As atividades econômicas que apresentaram os maiores saldos de vagas foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo (582); transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças (451); e comércio varejista de mercadorias em geral – supermercados (373). Os destaques negativos foram cultivo de café (-3.455), cultivo de alho (-1.150) e serviços de preparação de terreno, cultivo e colheita (-404).
Dentre as regionais no estado, oito das nove regiões, de acordo com a divisão territorial do Sebrae Minas, contrataram mais que demitiram, com destaque para a Centro (5.928), Zona da Mata e Vertentes (1.416) e Rio Doce e Vale do Aço (816). Somente a Regional Noroeste e Alto Paranaíba apresentou desempenho negativo (-1.620), influenciado pelo setor agropecuário, com as reduções observadas nas culturas de alho (-926) e café (-815).
O que esperar da economia nos próximos meses?
“A expectativa para o mercado de trabalho nos próximos meses aponta para uma moderação no ritmo de contratação. Embora a estabilidade nas projeções de crescimento do PIB e a manutenção da confiança dos empresários para o futuro sugiram que o mercado possa continuar gerando empregos, as pressões inflacionárias e o aumento da taxa de juros podem inibir novos investimentos e dificultar a recuperação de setores mais sensíveis ao crédito. Em Minas Gerais, o impacto pode ser especialmente sentido nos pequenos negócios, que já demonstram sinais de cautela, o que pode levar a um movimento mais conservador nas contratações até que haja maior clareza sobre a trajetória econômica.”, comenta a analista do Sebrae Minas Bárbara Castro.
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