Robert Berdella foi um serial killer com um histórico tenebroso. Não por acaso, ele ficou conhecido como “Açougueiro de Kansas City”, por ter torturado, matado e desmembrado seis homens entre 1984 e 1987.
Berdella simplesmente ultrapassou os limites do que se acreditava que um ser humano era capaz de fazer. Para completar, ele manteve um arquivo sinistro no qual documentava detalhes de todos os seus crimes.
A história de Robert Berdella
Nascido no estado do Ohio em 1949, Robert Andrew Berdella Jr. cresceu em uma família católica muito religiosa. No entanto, ele era extremamente solitário e sofria bullying por conta de seus óculos de lentes grossas e problemas na falha. Até o pai o provocava por não ser tão atlético quanto o irmão.
Ao crescer, Berdella descobriu que era gay. o que foi lhe trazendo mais autoconfiança. Um filme também impactou muito a sua vida: O Colecionador, de 1965. O longa fala de um homem que persegue e sequestra uma jovem, mantendo-a em cativeiro em seu porão.
Aparentemente, foi esse filme que acendeu algo estranho dentro de Berdella. Depois de se formar no ensino médio, ele se matriculou no Kansas City Art Institute, no Missouri. Foi nessa época que ele se envolveu com drogas e passou a torturar animais.
Logo mais, Berdella passou a vender antiguidades para ganhar um dinheiro extra. Ele montou então um estande em um mercado de pulgas. Seria lá que ele iria conhecer a sua primeira vítima: um jovem de 19 anos chamado Jerry Howell.
Os crimes de Robert Berdella
Em julho de 1984, Robert Berdella se ofereceu para levar o jovem a um show. No caminho, ele drogou Howell, e levou para sua casa, onde o amarrou em sua cama. Nas 28 horas seguintes, a vítima foi torturada e agredida sexualmente com objetos. Ele por fim se asfixiou em seu próprio vômito e na mordaça que havia sido colocada em sua boca.
Depois disso, Berdella cometeu outro ato terrível: ele pendurou o corpo de Howell no seu porão e drenou todo o sangue. Na sequência, cortou os membros, colocou-os em sacos de lixo e jogou os sacos na rua. Enquanto fazia isso, Berdella fazia anotações muito detalhadas sobre a tortura que infligiu à vítima.
Em 1985, ele encontraria uma nova vítima, mais uma vez um moço, com 20 anos. O método foi o mesmo: drogá-lo, amarrá-lo e torturá-lo sexualmente antes de matá-lo. Mas ele aumentou ainda mais o sofrimento do jovem com novas torturas. A cada nova vítima, Robert Berdella acrescentava novas nuances de terror em seus assassinatos.
As mortes continuaram até 1988, e só se encerrou quando Berdella sequestrou Christopher Bryson, um profissional do sexo de 22 anos. Bryson também foi amarrado e sofreu quatro dias de estupro e tortura antes de conseguir se libertar de suas amarras enquanto seu algoz estava trabalhando. Ele queimou as cordas usando uma caixa de fósforos que Berdella havia deixado acidentalmente nas proximidades.
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O homem conseguiu fugir nu com uma coleira de cachorro no pescoço. Ele pulou do segundo andar e quebrou o pé na queda, mas mesmo assim conseguiu correr e entrar em contato com a polícia. Quando os investigadores chegaram à casa de Robert Berdella, encontraram achados terríveis: dois crânios humanos, vértebras, envelopes cheios de dentes, uma motosserra ensanguentada e 334 fotos Polaroid tiradas de suas vítimas.
Junto a esses itens, foram coletados registros de suas sessões de tortura que foram feitas com cada uma de suas vítimas. Robert Berdella acabou sendo condenado à prisão perpétua sem liberdade condicional, mas morreu de ataque cardíaco na Penitenciária Estadual do Missouri em 8 de outubro de 1992. Ele tinha 43 anos e havia completado apenas quatro anos de sua pena.