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SIC 2024: Piero Franceschi aborda o tema “Fazendas Infinitas” no Encontro do Educampo | ASN Minas Gerais

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A exemplo de outros segmentos produtivos, a cafeicultura passando por inúmeras transformações. Para atender à demanda de mercado, os produtores precisam estar antenados com os avanços tecnológicos e as mudanças na sociedade. Nesse contexto, um dos assuntos do Encontro do Educampo, na Semana Internacional do Café (SIC), foi o tema “Fazendas Infinitas”. Com mais de duas décadas de experiência em marketing, estratégia e inovação em posições de liderança em grandes empresas de varejo e alimentação, o diretor da StartSe, Piero Franceschi, falou sobre a necessidade de as propriedades se transformarem e inovarem constantemente para que o negócio se mantenha vivo, sustentável e rentável.

O especialista conversou com a Agência Sebrae de Notícias (ASN-MG). Confira:

Qual o significado do tema de sua palestra “Fazendas Infinitas”?

Em qualquer contexto, seja do café ou da cultura inclusa, é a nossa dinâmica de estar o tempo todo se reinventando, né? Não é só crescer o negócio, ser mais produtivo, mas é a capacidade de estar impactando clientes, a sociedade e também se transformar digitalmente, culturalmente, de processos. Então, são as três coisas que envolve nesse debate: o crescimento, o impacto e a transformação dos negócios.

Você acredita que o desafio hoje justamente é o produtor estar 100% envolvido justamente com essas mudanças constantes?

Acho que o desafio é todo mundo sair, conseguir equilibrar o que a gente chama de ambidestria, que é estar produtivo, mas estar conhecendo coisas novas, estar ligado às tendências. Acho que esse é o grande desafio.

O agronegócio era um setor mais conservador, mas hoje vem se adequando a mudanças e inovações tecnológicas. A que se deve essa transformação?

Está todo mundo mudando, né? O mundo inteiro está mudando. Acho que a gente sente isso o tempo todo na nossa vida particular e esquece quando estamos migrando para gestão dos negócios. Parece que não, né? Então, assim como na vida pessoal, temos de trazer nossa inquietude para os negócios. E o agronegócio é um meio que está mudando muito. A atividade está se digitalizando, querendo tecnologia, se conectando, usando dados… Mesmo assim, acho que a questão das safras precisa acompanhar isso o tempo todo. Precisa ter muito de automação, captura de dados e a questão de economia circular.

Cada vez temos consumidores mais exigentes, que procuram por cafés com pontuações altas em todo o mundo. Como a inovação pode ajudar o produtor a atender essa demanda?

Vemos constantemente na mídia os conceitos de café regenerativo e origens controladas. O consumidor quer saber de onde o café está vindo, quanto vale, onde foi produzido. É um mercado mundial e muito lucrativo. Mas a competição é grande. É importante que o produtor faça sempre a otimização dos processos, pois ele tem de ser melhor o tempo todo, se reinventar… Se fazer o mesmo de sempre, vai parar no mesmo lugar. Precisa se atualizar, capacitar sempre e estar envolvido com instituições parceiras para saber das atualizações e novidades.

Qual recado você daria para o cafeicultor que vive esse dilema de se reinventar ou não em sua fazenda?

Ligue seus radares para acompanhar as transformações. O seu negócio é café, mas você precisa estar ciente da realidade, porque o foco é o cliente. O produtor precisa estar ligado nas mudanças na comunicação, saúde, acessibilidade, ciência, tecnologia, porque tudo isso influencia em seu dia a dia à medida em que os clientes também vivem essas transformações.

Assessoria de Imprensa Sebrae Minas

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